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Em Portugal


E o documentário Time Will Burn segue proporcionando alegria aos envolvidos. Tantas emoções, como diria o rei Roberto. Após fazer bonito em mostras cinematográficas importantes do território nacional, In-Edit Brasil, No Ar Coquetel Molotov e Mimo, por exemplo, nesta semana a produção atravessa o Oceano Atlântico e chega ao MIL - Lisbon International Music Network, para três sessões dentro da programação do festival. No ano passado, em entrevista ao Scream & Yell, o querido Marcelo Costa quis saber como era estar na tela grande. "Quando demos os nossos depoimentos aos diretores, Marko Panayotis e Otavio Sousa, não tínhamos ideia de que seríamos, digamos, estrelas do filme. Assistir ao resultado final foi, do ponto de vista emocional, bastante intenso. Trata-se, ao mesmo tempo, de um capítulo da história da música brasileira sendo retratado – num país que tem inúmeros problemas com relação à sua própria memória – e um recorte da nossa juventude, de fortes laços de amizade. Diante das exibições do filme, outros se (des)organizavam na minha cabeça. Gente que partiu, pirou, as primeiras paixões, os discos. Toda uma gama de sentimentos. É uma honra – e uma choradeira brava – participar de algo dessa natureza. 'Jovens, envelheçam', aconselhava o Nelson Rodrigues. Pois bem", disse eu. Reafirmo agora. Viva o documentário. Boa viagem.

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Escovinha ou função, um breve estudo sociológico

'Back in black' (1986), do Whodini; “I’m a ho!” é a quarta faixa do álbum Dia desses, no Facebook, o amigo Neco Gurgel postou uma música do Whodini, a clássica “I’m a ho!”. Nos bailes black de periferia, o refrão da faixa era conhecido e sobretudo cantado como “Desamarrou (e não amarrou)”. Paródias do tipo eram bastante comuns naqueles tempos, final dos anos 1970, começo dos 1980. Na tradução marota da rapaziada, o funk "Oops upside your head", da Gap Band, por exemplo, ficou informalmente eternizada como "Seu cu só sai de ré". Já “DJ innovator”, de Chubb Rock, era “Lagartixa na parede”- inclusive gravada, quase que simultaneamente, por NDee Naldinho, em 1988, como “Melô da lagartixa”. A música do Whodini, lançada em 1986, remete a um fenômeno que tomou as ruas do centro de São Paulo, e periferias vizinhas, antes da cultura hip hop se estabelecer de fato: o escovinha, também chamado de função. Em “Senhor tempo bom”, de 1996, os mestres Thaíde & DJ Hu