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Uma entrevista


"Bom, nos anos 90 havia uma cena (ou ao menos a gente imaginava que existia), e hoje parecem que existem dezenas de cenas. Como era ter uma banda nos anos 90 e como é para vocês ter uma banda hoje?
Exato. São mesmo dezenas de cenas. Todo mundo, parafraseando o La Carne, desconhecendo o rumo, mas indo (risos). Pra nós, ter uma banda lá nos anos 1990 era atividade lúdica em plena Idade Média. Hoje, é atividade lúdica aplicada à era da pós-verdade. Nossa contraposição à Babilônia. Irie!"

É o que eu digo ao Marcelo Costa, editor do site Scream & Yell. Eis aqui a íntegra da entrevista.

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'Back in black' (1986), do Whodini; “I’m a ho!” é a quarta faixa do álbum Dia desses, no Facebook, o amigo Neco Gurgel postou uma música do Whodini, a clássica “I’m a ho!”. Nos bailes black de periferia, o refrão da faixa era conhecido e sobretudo cantado como “Desamarrou (e não amarrou)”. Paródias do tipo eram bastante comuns naqueles tempos, final dos anos 1970, começo dos 1980. Na tradução marota da rapaziada, o funk "Oops upside your head", da Gap Band, por exemplo, ficou informalmente eternizada como "Seu cu só sai de ré". Já “DJ innovator”, de Chubb Rock, era “Lagartixa na parede”- inclusive gravada, quase que simultaneamente, por NDee Naldinho, em 1988, como “Melô da lagartixa”. A música do Whodini, lançada em 1986, remete a um fenômeno que tomou as ruas do centro de São Paulo, e periferias vizinhas, antes da cultura hip hop se estabelecer de fato: o escovinha, também chamado de função. Em “Senhor tempo bom”, de 1996, os mestres Thaíde & DJ Hu