Eu, ela, o cão e o affair redivivo - Rodrigo Carneiro

Sou um dos convidados do show Edgard Scandurra e Les Provocateurs Cantam Gainsbourg , que acontece hoje no Sesc Paulista (av. Paulista, 119. Paraíso São Paulo, telefone 11 3179-3700), às 21h. Temos feito homenagens ao mestre francês desde o ano passado. Houve uma temporada agradabilíssima no Le Petit Trou, bistrô do Scandurra, que gerou o convite para a série de shows que tem ocorrido desde o início do mês na unidade do Sesc da avenida Paulista. Aliás, vocês já viram a exposição sobre o fundamental artista em cartaz por lá? Um escândalo. É como disse o grande Fausto Fawcett, o convidado do último dia 15, “Existem buzinaços, panelaços, mas nada que se compare a um gainsbourgaço”. Ah! E tenham todos um ótimo Dia Mundial do Orgasmo, comemorado neste dia 31 de julho.

Meia arrastão, tatuagem, sapato de salto alto: tudo certo Noite dessas eu revia capítulos finais da última temporada de Nip/Tuck , seriado adorado sobre uma dupla de cirurgiões plásticos de Miami, Sean McNamara (Dylan Walsh) e Christian Troy (Julian McMahon), as obsessões deles e de seus pacientes. Trama rolando e lá pelas tantas apareceu um sujeito que tinha desejo por móveis. Desejo sexual, eu digo. Lançava olhares de cão danado a almofadas, mesinhas de centro, cadeiras estofadas, o mobiliário, enfim. E ia para cima. Foi até flagrado em pleno ato com um sofá de design arrojado que decorava a sala de um dos cirurgiões protagonistas. Ao ver o episódio, pensei também nas coisas que me fascinam. Móveis da minha casa, do trabalho e dos lugares que frequento, ou venha a frequentar, podem ficar tranquilos. Deixo-os com o “tarado” do Nip/Tuck. O que povoou mesmo a cachola foram diversas partes da anatomia feminina e os acessórios que fazem as moças ainda mais lindas. Sapatos, meias-calças, m

O trailer de Getsêmani está na rede. É o filme do amigo Mário Bortolotto . Uma adaptação cinematográfica para o texto teatral escrito por ele. Com a palavra, Marião: A gente gastou 5 mil reais pra fazer o filme. Aí depois o Marcelo Montenegro e o Gustavo Haddad ficaram trabalhando na edição. Teve até um momento que o HD deu pau e eles perderam praticamente todo o trabalho. A gente não tinha dinheiro pra comprar um HD novo. Foi uma merda. Aí a Marcelinha Lordy emprestou o HD dela e a gente conseguiu terminar. O filme tá pronto. Na verdade, faltam acertar apenas dois momentos em que o som estourou. A gente precisa acertar isso num estúdio. Tamos correndo atrás. Acertado isso o filme tá pronto pra estrear. A gente deve fazer uma estréia bacana e convidar a rapaziada pra assistir, tentar entrar em alguns festivais, etc. Vamos ver o que rola. Por enquanto, o trailler tá aí. É uma boa prévia. E pra quem não conhece a história: um grupo de extremistas culturais resolve sequestrar um editor

Cadão Volpato, de camiseta de filipeta do Espaço Retrô, e Jair Marcos Os irmãos Thomas e Petra Pappon bebericando A querida Nina Lemos e Volpato; pena que não dá para ver a estampa O amigo e mestre Loop B também estava lá. Fotos de Edhson FM Tem adeus extra hoje na rua Augusta. Depois da aparição comemorativa dos 25 anos de formação - havia dois tchaus programados, um no Studio SP e outro no festival Rock de Inverno, em Curitiba -, o grande Fellini retorna, a pedidos, ao palco da casa paulistana. O quarteto, formado por Thomas Pappon (guitarra e vocais), Cadão Volpato (voz), Jair Marcos (guitarra e vocais) e Ricardo Salvagni (baixo), e que tem tido Clayton Martin na bateria, fez um show adorável na quarta-feira passada. O salto dado por Volpato – conhecido por sua performance contida - logo no início da apresentação foi a medida da empolgação e da alegria dos caras no tablado. Na platéia, eu e outros fãs, um monte de amigos queridos, cantamos juntos “Rock Europeu”, “Amor louco”, “Funz

Cançãozinha tranquila do saudoso Minutemen , "This ain't no picnic", pra começar o dia. Ah! E por falar no trio, o documentário We Jam Econo The Story Of Minutemen (2005) é uma ótima pedida.

A precinho Fugazi, neste domingo é possível testemunhar a performance do anárquico Razapes Americanos Procuram Encontros na Cidade Trabalho. Às 18h, macacada.

(Dee Dee Ramone/Daniel Rey) I used to be on an endless run. Believe in miracles 'cause I'm one. I've been blessed with the power to survive. After all these years I'm still alive. I'm out here cookin' with the band. I'm no longer a solitary man. Every day my time runs out. Lived like a fool, that's what I was about, oh. I believe in miracles. I believe in a better world for me and you. Oh, I believe im miracles. I believe in a better world for me and you. Tattoo your name on my arm. I always said my girl's my good luck charm. If she could find a reason to forgive, Then I could find a reason to live. I used to be on an endless run. Believe in miracles 'cause I'm one. I've have been blessed with the power to survive. After all these years I'm still alive. I believe in miracles. I believe in a better world for me and you. Oh, I believe in miracles. I believe in a better world for me and you. I close my eyes and think how it might be. The

Andréa Beltrão, um dos destaques da minissérie Vocês têm assistido à minissérie Som & Fú ria , da Rede Globo? Ainda que não tenha alcançado índices mastodônticos de audiência, é motivo de comemoração que um produto tão bem acabado, com uma temática tão bacana – o teatro - esteja sendo veiculado pela TV aberta. Pena que termina hoje.

Cena da invasão ao Centro Universitário Belas Artes no cartaz de Pixo Os amigos do La Carne avisam que estão na trilha sonora do documentário Pixo , de João Wainer e Roberto Oliveira. A produção, que coloca ainda mais lenha na fogueira da discussão acerca da pichação, estreou no início deste mês na Fundação Cartier, em Paris, e já tem diversos convites para correr os festivais de cinema da Europa. No filme, "É Baderna!!!!", composição presente no terceiro disco da banda, Desconhece o rumo mas se vai , embala as imagens da invasão de pichadores ao Centro Universitário Belas Artes, em São Paulo, ocorrida em junho de 2008. Como se vê, o coro come literalmente ao som do quarteto.

Alexandre "Farofa" Cruz, o Sesper, e alguns dos shapes Billy Argel e uma de suas clássicas produções: restrospectiva No ano passado falei aqui da produção do documentário Reboard: Brazilian Skate Art Research , do amigo Alexandre “Farofa” Cruz, o Sesper . Pois bem, hoje é a primeira exibição do projeto na Matilha Cultural, em São Paulo. A première do audiovisual, que a partir do próximo dia 25 terá sessões semanais abertas ao público, marca o início da exposição de um acervo de mais de 200 shapes, as famosas pranchas de madeira, incluindo arte final e estudos de inúmeros trabalhos clássicos. Há ainda a retrospectiva da obra de Billy Argel – um dos maiores artistas do skate brasileiro -, a Deckographia, que fica em cartaz até 26 de agosto. Estive na Matilha ontem. Fui gravar a narração do segmento inicial do documentário – que deve ganhar edição em DVD brevemente - e fiquei alucinando nos decks, como também são chamados os shapes, fixados nas paredes. Imperdível, rapaziada. R

Ao xeretar a home do UOL, deparei com um destaque para o link “Aprenda a desenhar rostos com o artista plástico Daniel Azulay”. Cliquei já imerso em recordações dos verdes, verdíssimos, anos. Entre as décadas de 1970 e 1980, o Azulay tinha um programa infantil de sucesso, ao menos lá em casa, o saudoso Turma do Lambe-Lambe , exibido em rede nacional pela Rede Bandeirantes. Eu era telespectador assíduo. Fazia os brinquedos com caixa de ovo, os desenhos, pirava com as músicas. Não via o rosto do Azulay há anos e agora dou de cara com ele - tá igual. É umas minhas referências. Acho que a terça-feira vai ser um dia melhor.

Pegada de Armstrong na lua, 20 de julho 1969 Não sou daqueles que desconfiam da veracidade dos passos do homem na lua – o aniversário de 40 anos do feito é hoje, vocês estão sabendo. Prefiro acreditar nas imagens, nos relatos, na frase proferida pelo astronauta Neil Armstrong enquanto saltitava pela superfície esburacada lunar: “É um pequeno passo para o homem, mas um salto gigantesco para a humanidade". Se bem que, como diz o amigo Xico Sá , o maior passo da humanidade se deu quando o primeiro negro pisou na lua: salve Michael Jackson, um, dois, espírito a três passos do chão, me encoxe, wanna take you on a moonwalk.. ., ahahah. Gênio. Ainda assim, metido a revolucionário comuna que fui, crente no caminhar cosmonauta, não posso deixar de adorar o fato de que tudo foi uma orquestração para desviar o foco da opinião pública das trapalhadas da política externa do governo norte-americano, entre outras, a fracassada tentativa de invasão da Baía dos Porcos, em Cuba. E tinham os russos,

E o The Wolfgang Press , hein? Adorava essa música deles, "Cut the tree", presente naquela compilação Lonely is an eyesore (1987), da 4AD. Lembrei dela(s) agora.

Há exatos 50 anos morria Billie Holiday. Outra artista imensa que teve uma vida de merda, mas que deixou coisas como "My man", e tantas outras, para a posteridade.

Owen Brown, 82 anos, é o headbanger mais velho do mundo, me informa o brodaço Patrick Nicholas Korb - um clássico do metal nacional -, via BBC. Demais.

Alice e John Coltrane, meados dos anos 1960

No momento, não consigo pensar em nada mais rock’n’roll do que o fantástico Screamin’ Jay Hawkins (1929 - 2000). Feliz dia mundial do gênero para os senhores.

Marie-Louise Parker, protagonista da sensacional série Weeds , estrela um adorável ensaio da Esquire . De lingerie preta, velha camiseta de algodão ou com o aventalzinho acima, a bela atriz nos guia na produção de uma torta. Ah, a gastronomia. Não contente com o ensaio, a revista também nos brinda com os trechos iniciais do clássico Alice no País das Maravilhas , de Lewis Carroll, lidos por Parker na cama. Enfim, uma maravilha. Dica quentíssima do Matias .

O glorioso Canal Brasil exibe neste sábado, às 21h, o documentário O Cinema dos Meus Olhos , de Evaldo Mocarzel. Mais um dos acertos do premiado Evaldaço, meu antigo editor-chefe nos tempos do Estadão (já batuquei sobre aqui ), o registro dá voz a jornalistas, críticos e realizadores. O assunto é a paixão obsessiva desses seres pelo cinema, e os primeiros filmes que deflagraram tal amor. Como bem informa a sinopse, trata-se de "uma afetuosa investigação minimalista, com lentes macro em hiper-plano-detalhe dos olhos" dos entrevistados. Captado durante a 30ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, em 2006, o filme – que estreou na mesma mostra, só que na edição do ano passado - tem os dizeres surpreendentes de gente com os jornalistas Luiz Zannin Oricchio, Inácio Araújo, Maria do Rosário Caetano, Luiz Carlos Merten e Neusa Barbosa, entre outros, além dos cineastas Arnaldo Jabor, Ivan Cardoso, Kátia Lund, Cao Hamburger, Lírio Ferreira, Tata Amaral e Walter Salles, o diretor

Dois eventos ligados à palavra acontecem nesta quinta-feira em São Paulo. O primeiro é uma homenagem ao poeta e escritor Rodrigo de Souza Leão , morto recentemente, vítima de ataque cardíaco. O autor de um dos melhores livros editados no ano passado, Todos os Cachorros São Azuis , terá poemas lidos por Claudio Daniel, Donizete Galvão, Franklin Alves Dassie, Frederico Barbosa, Glauco Mattoso, Greta Benítez, Horácio Costa, Leonardo Gandolfi, Luiz Roberto Guedes, Marcelo Ariel, Márcio-André, Marco Antônio (Pezão), Paula Valéria, Pipol, Paulo de Toledo, Tatiana Fraga, Valéria Tarelho e Virna Teixeira. A homenagem será realizada às 19h na Casa das Rosas (av. Paulista, 37, Bela Vista, fones: (11) 3285.6986 / 3288.9447). Já a segunda celebração à palavra tem como endereço o Núcleo Bartolomeu de Depoimentos (rua Dr. Augusto de Miranda, 786, Pompéia, fones (11) 3803 9396 / 8346 757). Trata-se do ZAP! – Zona Autônoma da Palavra – Um Slam Brasileiro. Participei da edição do mês passado e posso

Sinatra é foda! Só pra deixar registrado aqui.

O amigo e editor de imagens Daniel Guarda , um dos mais malucos da firma, me chama ao MSN e pergunta: já viu a nova novela da Rede Globo que vai se passar na rua Augusta? Procuro me lembrar do que li no final de semana sobre a próxima trama das oito, mas confundo tudo. Digo que não. E o Dani, fanfarrão, informa: Caminho das Indies ! Eu posso?

Mestre Júpiter Maçã tem aparecido com certa frequência por aqui. Fazer o quê? Desta feita, publico a entrevista concedida pelo homem a Tatá Aeroplano e Ronaldo Evangelista - o programa é Na Sala do Tatá , excepcionalmente gravado na cozinha. Está lá também o Helio Flanders, do Vanguart. E Maçã brilha no discurso. “Tenho escutado a mim mesmo”, afirma.

Depois de sete anos de aventuras em Londres, os amigos do Wry estão de volta ao Brasil. Trazem na bagagem um certo universo shoegaze traduzido em língua pátria. "Dois corações e o sol" é um desses experimentos. Gostei muito.

Greg Dulli e Mark Lanegan, que apresentaram-se no Bourbon Street Mark Lanegan tem A VOZ. Sabe disso e não se abala. Sorriso? Nem pensar. Nada de Hi! à platéia. Posta-se no palco feito um caramujo. Circunspeto, numa análise mais aflita, algo inexpressivo, canta, e como, o desassossego. Tem o chão como mira. É assim desde os Screaming Trees, e dos primeiros discos solo. Greg Dulli é obcecado por soul music - ainda que na era grunge isso passasse completamente desapercebido. Gravou Marvin Gaye, Barry White e botou negra robusta com criança branca nos braços em capa de disco do Afghan Whigs. Agradece as palmas em português, pergunta “Como estás?”, tranquiliza os afoitos que gritam nomes de músicas: “Vamos tocar tudo o que vocês querem”. Divide-se entre o violão e o teclado nos extremos do tablado. É o comunicativo do duo. Também estive lá no Bourbon Street Music Club na noite de ontem. Uma Noite com Greg Dulli e Mark Lanegan , como informavam os cartazes. Fiz parte do verdadeiro The 90’s

Jotaço está nos EUA cobrindo os desdobramentos da morte do rei do pop, e avisa: Todo mundo traiu Michael Jackson .