Eu, ela, o cão e o affair redivivo - Rodrigo Carneiro

A matéria abaixo me foi encomenda há alguns meses por uma revista. A publicação quinzenal – da qual eu gosto muito – pretendia elaborar breves perfis de novas cantoras brasileiras. Um grande ensaio fotográfico com as perfiladas também estava nos planos. A revista propôs alguns nomes, e eu mais alguns. Feita a lista, entrevistei todas – exceto uma -, batuquei o texto e mandei para a redação. Acontece que a pauta sofreu com adiamentos editoriais (coisa comum em jornalismo) e questões de logística, posto que há diversas entrevistadas e o conciliar de agendas para um retrato conjunto é tarefa árdua. Enfim, passou o tempo e o escrito deu uma certa envelhecida. Inclusive uma das personagens foi capa de uma outra publicação em agosto. Mas sem problema. Ainda que não seja publicada em papel, o pagamento está garantido e outros textos meus devem surgir em breve na revista, garantem-me. Mando então a batucada aqui, até para dar uma satisfação a quem parou os afazeres diários e me deu depoimentos

Ceumar & Gigante Brazil - Meu Olhar Daniel Taubkin, Walmir Gil e Gigante Brazil - Cinema de Rua Gigante Brazil & Banda Vítima de uma parada cardíaca, Jorge Luiz de Souza, mais conhecido como o lendário baterista carioca Gigante Brazil, morreu nesta segunda-feira, aos 56 anos. Estava em casa, na Vila Madalena, em São Paulo. Dormia o figura. Meu pesar.

Patti Smith defende Gimme Shelter , uma das músicas mais bacanas dos Rolling Stones, no programaço Later... With Jools Holland . A versão está no disco Twelve , lançado por ela no ano passado. No repertório, interpretações da grandiosa para composições dos Doors, Hendrix, Stevie Wonder, Bob Dylan, Nirvana, entre outros. "...War, children, it's just a shot away, it's just a shot away..."

“Digo às mulheres que o rosto é a minha experiência de vida, e que as mãos são a minha alma – vale tudo para ver uma mulher tirando a calcinha.” (Charles Bukowski)

Muito engraçado esse vídeo promocional da festa de aniversário de 30 anos da grife Diesel. A balada acontece no dia 11 de outubro, terá vários lugares do mundo como palco - São Paulo, inclusive - e será transmitida pela internet. O diretor Keith Schofield selecionou imagens de filmes pornôs dos anos 70/80 e animou ainda mais as orgias, ahahaha.

"Não demorou muito para a amiga perceber que estava a sentir milhoes de desejos pelo cara. E difícil foi contar para a outra amiga sua verdade mais do que clara: estava de fato muito a fim de pegar o carioca, mesmo depois de afirmar que o rapaz era o maior canalha, sujo, entre outros. Na noite seguinte, depois de muitas pingas na cabeça e umas reboladas a mais, as amigas chamavam a atenção. Claro que os cariocas perceberam o fogo da mulherada, e chegaram junto, mais famintos que nunca! A amiga incendiada por um desejo louco, e muita cachaca é claro, Dessa vez sem muitas resistências finalmente cedeu ao charme do rapaz. E quando a mulé viu já estava na barraca com o cara. A falta do namorado, ou a chamada ´secura´fez com que a menina se transformasse em uma máquina de sexo (nas suas próprias palavras). Mãos e bocas muito quentes." Mais no Eu tenho uma amiga , apimentado blog mantido por uma amiga e suas amigas que têm amigas...

Meu companheiro de trabalho AD Luna avisa: No ar há três anos, o programa de TV Web Mão na Massa, chega à sua terceira temporada. E, para comemorar, acontece dia 24 de setembro, quarta-feira, na Livraria da Esquina, o Mão na Massa - A Balada. Tocam na festa a banda Monjolo e Buguinha Dub, além das intervenções visuais do VJ Rizoma. Antes dos shows, será exibida reportagem especial do Mão na Massa sobre os três dias do Festival Calango 2008, que aconteceu em Cuiabá, entre os dias 08 e 10 de agosto, em Cuiabá (MT). Produzido pelo site Showlivre.com e apresentado pelo baterista do Monjolo e jornalista, AD Luna, o Mão na Massa mostra, por meio de entrevistas e reportagens, o universo da criação de músicos dos mais variados estilos, compositores, produtores, além de tratar de temas ligados à cadeia produtiva da música, tecnologia, equipamentos, cidadania, bastidores de shows, festivais, gravações etc. Ou seja, tudo que se refere ao "fazer musical". Pelo programa já passaram Joe Sa

Chegou hoje às lojas e aos sítios da infernet (como chama a web o programa O Estranho Mundo de Zé do Caixão no Canal Brasil) o novo álbum da incomparável banda norte-americana TV on The Radio. Vocês sabem, o disco se chama Dear Science e, ao lado do mais recente registro do reverendo Al Green , Lay it down , é desde já um dos mais foda deste ano da graça de 2008. Dá para ouvir aqui . Acima temos o clipe do primeiro single, Golden Age . Deleite.

"A poesia seria cúmplice, desde o início, desse sentimento que se chama amor. Eu acho que é uma coisa perfeitamente lógica, natural, porque a poesia, se vocês olharem bem, ela é o amor entre os sons e os sentimentos. Ela já é na sua substância, intrinsecamente, ela já é amor, já é aproximação, no sentido que é amor entre os sons e os sentidos, num sentido que a prosa não é. É por isso que a poesia não morre. Por que essa coisa tão inútil que não consegue sequer se transformar decentemente em mercadoria num mundo mercatório, esse mundo em que vivemos? Qualquer editor principiante sabe: poesia não vende. Existe esse hiato, realmente poesia não vende, e é bom que não venda! Sabe aqueles que reclamam dizendo, é um absurdo, um país como o nosso, não sei o quê, tchê, tchê, pá, pá, e poesia não vende. Vamos nos rejubilar. Poesia não vende. Poesia é ato de amor entre o poeta e a linguagem. E esse é um território como se fosse assim uma reserva ecológica do mercado em que vivemos que resis

Lembram desse clipe de Sometimes Salvation , dos The Black Crowes? É estrelado pela Sophia Coppola e representa um dos melhores momentos da banda de Atlanta. A música faz parte do álbum The Southern Harmony and Musical Companion (1992). Eu gosto.

Medeski, Martin and Wood: showzaço no Bourbon Street Perdi a apresentação do Azymuth ontem no SESC Vila Mariana, em São Paulo – coisa lamentável -, mas pude assistir a mais uma performance de Medeski, Martin and Wood no Bourbon Street. Showzaço o do trio norte-americano. O baterista Billy Martin estava com o diabo nas mãos e no chimbal, John Medeski mandou a tecladeira fina de sempre e o baixo de Chris Wood soou gordão, grave, aos ouvidos. Soul, funk, rock, Frank Zappa... está tudo lá, tinindo, na musicalidade dos caras. Dormi tarde. Aí, hoje de manhã, com café, fatia de pão e frutinhas a postos, ligo a TV para acelerar o ritual pré-labuta – já estava atrasado, pra variar. Num daqueles canais do Telecine, uma cena, digamos, paralizante de tão animadora: a linda Jennifer Beals treinado passos de dança no filme Flashdance (1983). Sob os olhares incrédulos de um cachorro pit bull (!?), a personagem vivida pela atriz rodopia, agita os cabelos molhados, contorce-se no chão, inebria. Fi

E para homenagear o compositor e produtor Norman Whitfield , responsável por milhares de arrasa quarteirões da Motown, morto ontem em Los Angeles, I Heard It Through the Grapevine - da qual o homem é co-autor e produtor da versão de estúdio -, aqui à capela por Marvin Gaye. Soul.

A amiga Bárbara Eugênia apresenta-se nesta quarta-feira no Studio SP.

"O tipo de samba que eu canto não tem absolutamente nada a ver com carnaval" (Maysa, 1959, Japão)

"De Olhos Bem Fechados", último filme do Kubrick, sob a ótica polonesa E o Matias vem com essas preciosidades: pôsteres cinematográficos produzidos por artistas plásticos poloneses. “Eram esses os cartazes que anunciavam os filmes, isso não é uma intervenção artística recente”, avisa o mano. Demais.

Virginiano como eu, Itamar Assumpção (1949/2003) faria 59 anos neste sábado, 13. Faz imensa falta, mas continua por aí.

O lendário Grupo Um inicia as ativiadades desta sexta-feira. Uma marcha sobre a cidade é o nome da peça e o registro é uma apresentação ao vivo captada pela TV Cultura em 1980. Um assombro.

A Clarah lança hoje, às 20h, no Studio SP, Nossa Senhora da Pequena Morte . O livro-álbum ou álbum livro, com canções de Leonard Cohen, Bob Dylan e Nina Simone na trilha sonora da narrativa, foi escrito por ela e ilustrado pela Eva Uviedo. "Eu e a Eva estaremos lá praticando a arte de fazer a social. Aproveitem - é raro", avisa a autora por e-mail.

Maravilha esse clipe de Dreamin' of You , né? A canção faz parte do álbum Tell Tale Signs, The Bootleg Series Volume 8 , reunião gravações alternativas, canções ao vivo e versões inéditas de composições feitas por Bob Dylan entre 1986 e 2006, que será lançado no dia 8 de outubro. O incrível ator Harry Dean Stanton cruza o oeste num climão que me lembrou Paris, Texas .

Durante a manhã surgiu um rumor. Rumor esse - olha a merda - que se confirmou: a morte de um dos maiores DJs brasileiros. Tinha 28 anos e era conhecido por Primo. Fica aqui o meu pesar. Alexandre Muzzillo Lopes, o DJ Primo, 28, morreu às 5h desta segunda-feira, no Hospital das Clínicas, em São Paulo. Segundo informações iniciais, a causa da morte foi pneumonia. De acordo com a assessoria de imprensa da TV Cultura, onde o DJ participava do programa "Manos & Minas", apresentado pelo cantor Rappin Hood, Primo fez shows no final de semana e passou mal na madrugada, quando o irmão o levou para o Hospital das Clínicas. O artista paranaense iniciou oficialmente a carreira em 1996. Primo tocou pela primeira vez em São Paulo em 1999, e mudou para a capital paulista em 2002. Tocou junto com Afrika Bambaataa e nomes do circuito do rap alternativo como Hieroglyphics, Aesop Rock e Rob Sonik. O DJ produziu Marcelo D2, MC Cindy, Helião e Negra Li. Primo tocava em diversas casas noturnas

I was twenty one years when I wrote this song Im twenty two now, but I wont be for long People ask when will you grow up to be a man But all the girls I loved at school Are already pushing prams I loved you then as I love you still Tho I put you on a pedestal, They put you on the pill I dont feel bad about letting you go I just feel sad about letting you know I dont want to change the world Im not looking for a new england Im just looking for another girl I dont want to change the world Im not looking for a new england Im just looking for another girl I loved the words you wrote to me But that was bloody yesterday I cant survive on what you send Every time you need a friend I saw two shooting stars last night I wished on them but they were only satellites Is it wrong to wish on space hardware I wish, I wish, I wish youd care I dont want to change the world Im not looking for a new england Im just looking for another girl Billy Bragg e uma das canções que eu mais gosto feitas por ele: N

Irei novamente à Livraria da Esquina nesta sexta-feira. Amigos queridos farão bagunça da brava por lá...

A grandiosa Patife Band , liderada pelo Paulo Barnabé, apresenta-se nesta quinta-feira na Livraria da Esquina. Vai ser uma ótima chance de conhecer o local, que me tem sido muito bem recomendado, e presenciar - de novo - uma das melhores coisas acontecidas musicalmente neste país do futuro. A performance dos caras, vocês sabem, é sempre inacreditável. E salve Waldick Soriano . Descanse em paz homem de preto.

Leio no JC Online que é gravíssimo o estado de saúde de Waldick Soriano, o artista trava uma batalha contra o câncer. Aos 75 anos, ele teve a morte cerebral diagnosticada na manhã desta quarta-feira, no Rio de Janeiro. No ano passado, batuquei as linhas abaixo quando assisti ao DVD Waldick Soriano Ao Vivo e escutei o CD homônimo. Eram linhas para a Rolling Stone . DVD Homenagem ao nosso homem de preto “Se não tiver paixão, a música não é porra nenhuma”, diz Waldick Soriano em meio aos ensaios para os shows que faria em novembro de 2006, em Fortaleza. As apresentações foram registradas, compõem o DVD Waldick Soriano ao Vivo e a observação do artista está nos extras do lançamento. Dirigido por Patrícia Pillar, que promete um documentário sobre o cantor e compositor baiano ainda em 2007, o DVD é um baile, como anuncia o carro que circunda o local das gravações, de sucessos do naipe de “Tortura de amor”, “Quem és tu” e “Eu não sou cachorro não”. Respeitosa, a câmera capta o nosso homem

No tempo em que festejavam o dia dos meus anos, Eu era feliz e ninguém estava morto. Na casa antiga, até eu fazer anos era uma tradição de há séculos, E a alegria de todos, e a minha, estava certa com uma religião qualquer. No tempo em que festejavam o dia dos meus anos, Eu tinha a grande saúde de não perceber coisa nenhuma, De ser inteligente para entre a família, E de não ter as esperanças que os outros tinham por mim. Quando vim a ter esperanças, já não sabia ter esperanças. Quando vim a olhar para a vida, perdera o sentido da vida. Sim, o que fui de suposto a mim-mesmo, O que fui de coração e parentesco. O que fui de serões de meia-província, O que fui de amarem-me e eu ser menino, O que fui — ai, meu Deus!, o que só hoje sei que fui... A que distância!... (Nem o acho...) O tempo em que festejavam o dia dos meus anos! O que eu sou hoje é como a umidade no corredor do fim da casa, Pondo grelado nas paredes... O que eu sou hoje (e a casa dos que me amaram treme através das minhas lág

Cena do longa-metragem 'O Mistério do Samba'; alvo do bangue-bangue Marcelo Mirisola avisa: "Depois de uns dias de ternura, voltei ao bangue-bangue". Visitem a coluna intitulada Brechó Brasil , publicada nesta segunda no Congresso em Foco, e entendam o aviso. Em tempo, eu não assisti ao filme ainda, mas pretendo fazê-lo em breve.